quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Entrevista de Neka

A poucos dias do primeiro jogo oficial da época 2014/2015, fomos ouvir algumas palavras no Capitão, ele que vai para a 7 época a jogar com as cores da AD Ponte da Barca.



Sendo que o campeonato de futsal começa no sábado, qual a importância de começar com uma vitória? Quais os objetivos pessoais para a nova época?
A mim parece-me que ganhar é sempre importante. É para isso que treinamos e jogamos. Independentemente de ser no início, a meio ou no fim do campeonato. Mas obviamente que entrar com um bom resultado ajuda a aumentar os níveis de confiança dos jogadores para o jogo seguinte que será muito difícil. O objetivo para este ano é fazer melhor que o ano anterior . Este ano o campeonato vai ser muito competitivo com algumas equipas claramente candidatas à conquista do mesmo. Depois surge um outro grupo cuja aspiração é ganhar o maior número de jogos e, se possível, intrometer-se na luta pelos lugares cimeiros da classificação. Penso que a Barca se inclui neste último. Apesar de muito difícil, repito, muito difícil, se conseguíssemos passar à 2a fase já seria uma época bastante positiva.

O que achas que deveria ser feito para que o futsal em Viana possa evoluir?
Há vários aspetos que podem ser melhorados mas existem dois que no meu entender são muito importantes e que estão intimamente ligados. Acho que a aposta na promoção do futsal em Viana e na formação tem sido escassa. São alguns clubes, com todas as dificuldades associadas, que têm tentado contrariar um pouco esta tendência nomeadamente a Barca com a organização de torneios com equipas e jogadores importantes do panorama nacional. Mas sem querer puxar muito “a brasa a minha sardinha” queria destacar o torneio internacional realizado por uma equipa rival, o Amigos de Sá, que é de louvar. Excelente organização e excelente iniciativa. Custou-me no entanto ver a fraca adesão dos intervenientes do futsal do distrito. Quando os próprios dirigentes, os treinadores, os árbitros e os jogadores demonstram desinteresse nestas iniciativas como seremos capazes de cativar os mais novos para a prática de futsal? O que nos leva a outro problema: a formação. Quando a aposta na formação é quase nula, onde só existe um campeonato de juniores com 8 equipas é muito difícil evoluirmos muito mais. Parece-me um ponto importante que se tente reunir condições para proporcionar aos miúdos de 10, 12, 14 anos o contacto com a modalidade.

Apesar de alguns resultados menos positivos da pré-época, ainda que contra algumas equipas de topo a nível nacional, achas que essas experiências foram boas para o enriquecimento do plantel?
Sinceramente penso que sim. Para evoluirmos e sermos melhores temos que estar e jogar com os melhores e apesar de alguns resultados desnivelados que já seriam de esperar há sempre alguma coisa a retirar desses jogos. Ninguém gosta de perder nem de ser goleado mas os resultados nesta fase da época são o que menos importa. O que importa é que consigamos perceber e interiorizar o que de mal foi feito e quais são as nossas principais debilidades de forma a pudermos corrigir nos treinos. Jogar contra equipas de outros campeonatos, de outra dimensão, com outro tipo de jogadores e sistemas táticos diferentes só pode ser enriquecedor e não o contrário, independentemente do resultado.

A nível de lesões vê-se que tens recuperado e que te sentes bem. Consideras que esta pode vir a ser a tua melhor época a nível pessoal?
Não sei se poderá vir a ser ou não a minha melhor época. Realmente tenho-me sentido bem mas com esta idade as coisas começam a complicar-se. Ao que a cabeça pede o corpo já muitas vezes não responde. Contentava-me com uma época sem lesões de forma a puder treinar sem limitações. Essencialmente, não quero jogar só por jogar. Quero jogar sabendo que posso ser útil e que posso acrescentar alguma coisa à equipa.

Como capitão de equipa que palavras queres deixar para os teus colegas de equipa, adeptos e direção?
Aos colegas de equipa quero pedir apenas o mesmo que tem caracterizado os balneários da Barca ao longo dos anos. União, coesão, amizade, dedicação, empenho e trabalho. O campeonato já é difícil só por si e se não reunirmos estas qualidades muito mais será. Aos mais novos que agora começaram a jogar futsal que não desmotivem ao primeiro revés e que não desistam de querer aprender. Com trabalho e dedicação tudo se torna mais fácil.
Aos adeptos o normal. Que possam comparecer aos jogos em maior número e que apoiem a Barca incondicionalmente. Não é só por nós que jogamos mas também por eles.

À direção só queira agradecer. Quando vemos outros clubes de futsal a desistirem época após época, quando os apoios são cada vez menores, quando as dificuldades em dar resposta a todos os aspetos que envolvem ter uma equipa em competição aumentam e quando o principal objetivo da direção é proporcionar aos jogadores as melhores condições é óbvio que só podemos estar satisfeitos com o trabalho desenvolvido. Esperamos puder retribuir a confiança que nos foi dada.

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