terça-feira, 8 de outubro de 2013

Entrevista ao nosso jogador e capitão Neka

Depois da 1ª jornada realizada fizemos algumas perguntas ao nosso jogador e capitão Neka.


Como Capitão e com a experiência que tens o que achas do plantel desta época?

Parece-me um plantel bastante equilibrado e com muita qualidade. É um misto de jogadores mais velhos, com alguns anos de futsal e mais experiência, e de jogadores mais novos, que estão agora a começar mas ao mesmo com muito talento e futuro, desde que queiram aprender, ser sérios e trabalhadores, o que me parece ser o caso. O grupo tem-se mostrado unido, ambicioso e o ambiente no balneário não poderia estar melhor. Penso que a direcção e o treinador podem estar sossegados e confiantes com o plantel que escolheram porque com certeza, estará à altura das exigências que ai se avizinham.

Quais são os teus objectivos pessoais e colectivos para esta época?

Eu sei que não parece mas a verdade é que já tenho 34 anos! Entre camadas jovens, seniores futebol 11, seniores futsal masculino e seniores futsal feminino (como treinador), 19 desses anos foram dedicados à ADPB. Sete, só ao futsal, onde jogo desde a fundação desta secção. É normal que sinta este clube e esta modalidade em particular de forma diferente. Infelizmente não posso gabar-me de alguma vez ter ganho um título. Isto para dizer que já não sou propriamente novo e que tenho consciência que muito provavelmente será o último ano que representarei a Barca como atleta. Por isso, qual a melhor forma para terminar? Penso que a conquista de um troféu seria a cereja no topo do bolo! Para mim seria uma honra fazer parte do plantel que conquistou o primeiro título para o clube e como capitão erguer o troféu…sem dúvida seria um enorme orgulho!

Qual a tua opinião em relação à Direcção ter escolhido um Treinador jovem e com um passado no clube como jogador e como colega de equipa de alguns jogadores deste plantel?

O Pedro Holstein é um caso particular. Logo na sua primeira época como jogador da Barca criou uma forte ligação ao clube e às pessoas. Só para terem uma ideia, o Pedro era um jogador que poderia fazer parte de qualquer equipa do campeonato e mesmo assim escolheu a Barca, fazendo a viagem Porto-Barca-Porto todos os treinos, pois era lá que morava na altura. E isto sem ganhar absolutamente nada. Penso que a direcção apenas conseguiu apoiá-lo em parte nas despesas dessas deslocações. E essa ligação foi crescendo ao longo dos anos. Não digo que sinta a ADPB mais do que eu mas provavelmente tanto como eu, o que é especial para uma pessoa que não é da terra. Como jogador aquilo que posso dizer é que foi uma honra ter tido a oportunidade de jogar com ele. Não só pela qualidade e pelo que significava em campo mas também por aquilo que pude aprender com ele. Era um jogador com formação, campeão nacional de juniores (como treinador adjunto), campeão distrital pelo Vianense e que sabia muito de futsal. Sabia e sabe. Infelizmente para ele, devido a razões pessoais, teve que abandonar precocemente a competição mas o bichinho do futsal ficou. Ele adora futsal, quer continuar ligado ao futsal e o passo mais lógico, não podendo jogar, é treinar. Está agora a começar e ele próprio tem ainda muito que aprender. No entanto é uma pessoa confiante em si, trabalhadora, empenhada e dedicada, razões que me levam a acreditar que é a pessoa certa no lugar certo. E nem o facto de ser jovem e ter sido colega de equipa de alguns jogadores do plantel me faz pensar o contrário. Não vejo qualquer problema na idade desde que haja qualidade e o grupo tem sabido lidar muito com isso respeitando-o sempre nas novas funções que assumiu. Pessoalmente, desejo-lhe a maior sorte do mundo, na Barca ou noutro clube qualquer, no futsal ou na vida pessoal, porque acima de tudo sou amigo dele.

O que achas do esforço que a Direcção juntamente com o Treinador estão a fazer para dar todas as condições aos jogadores para a prática do Futsal?

Ao contrário do que muita gente pensa, a Barca nunca pagou a nenhum jogador para jogar, no entanto sempre foi preocupação da direcção, em todas as épocas, proporcionar as melhores condições possíveis para que os jogadores se sintam bem. Este ano, sinceramente, num período em que os clubes são cada vez menos apoiados, fiquei surpreso com as condições disponibilizadas. Surpreso pela positiva. Acho que não há nenhum jogador que neste momento se sinta desconfortável ou descontente no clube e que possa apontar o dedo à direcção por qualquer razão que seja. À direcção e ao treinador porque sei que teve um papel muito importante nas exigências feitas e ao mesmo tempo, na angariação dos apoios necessários que permitiram dar resposta a essas mesmas exigências. Desde material de treino, equipamentos para treinos e jogos, roupa para saídas, passando inclusive pela festa de apresentação que permitiu aos atletas e adeptos o convívio com algumas das estrelas maiores do futsal nacional, pouco mais poderia estar a ser feito. Todos têm desenvolvido um óptimo trabalho e em nome do grupo queria desde já deixar uma palavra de reconhecimento ao esforço efetuado. No entanto, sem querer menosprezar o trabalho de todos os directores, atuais ou de anos anteriores, há uma pessoa que gostaria de destacar e que penso que ninguém me levará a mal se o fizer. Refiro-me obviamente ao André. Toda a gente sabe a ligação que tenho com ele, a amizade que nos une, mas não é por isso que o faço. Faço-o porque acho que merece e porque é justo realçar o trabalho e a sua dedicação ao clube sacrificando quase sempre a sua vida pessoal e familiar. Foi um dos directores fundadores da secção no clube e o único que se mantém desde então. Quase posso garantir que se não fosse por ele não haveria futsal na Barca e por isso não posso deixar de salientar a sua importância. Quando anteriormente falava da conquista de um troféu, fazia-o também por ele porque acho que o merece mais do que ninguém. Seria a primeira pessoa a quem o entregaria depois de o receber.

Queres deixar alguma mensagem ao Grupo e aos adeptos da AD PONTE DA BARCA?

Ao grupo queira apenas dizer para se manter como está. Unido, coeso, cheio de ambição e confiante numa boa época. Isto nas vitórias e nas derrotas. Quando se ganha parece que tudo corre bem mas nas derrotas é que se vê a força de um verdadeiro grupo. A Barca pode nunca ter ganho um título mas se há coisa de que se pode orgulhar é dos seus balneários ao longo dos anos. E tenho a certeza que esta época não vai ser diferente. Temos que remar todos para o mesmo lado, ser solidários e amigos uns dos outros. Somos todos amadores e jogamos futsal simplesmente porque gostamos, por isso, há que aproveitar a oportunidade que os clubes nos dão para o fazer, desfrutar do desporto e das amizades que vão surgindo porque feitas as contas, é isso que levamos da vida. São as boas experiências e os bons amigos! Se nos mantivermos unidos, concentrados, trabalharmos e gostarmos do que estamos a fazer o sucesso surge naturalmente.

Aos adeptos peço apenas que possam comparecer aos jogos e que nos apoiem incondicionalmente. Nas vitórias e principalmente nas derrotas pois é nessas alturas que o seu apoio é mais importante. Não há ninguém que não goste de perder menos do que os jogadores, equipa técnica e directores, por isso, o que posso prometer é que tudo faremos para jogar bom futsal, dignificar a equipa, o clube e obviamente os nossos apoiantes. As pessoas da Barca gostam de futsal como se pode ver nos torneios de Verão em que o Pavilhão enche quase todas as noites. Porque não fazer o mesmo com uma equipa da terra a competir num campeonato federado? Fica aqui o meu apelo.

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