Depois da 1ª jornada realizada fizemos algumas perguntas ao nosso jogador e capitão Neka.
Como Capitão
e com a experiência que tens o que achas do plantel desta época?
Parece-me um
plantel bastante equilibrado e com muita qualidade. É um misto de jogadores
mais velhos, com alguns anos de futsal e mais experiência, e de jogadores mais
novos, que estão agora a começar mas ao mesmo com muito talento e futuro, desde
que queiram aprender, ser sérios e trabalhadores, o que me parece ser o caso. O
grupo tem-se mostrado unido, ambicioso e o ambiente no balneário não poderia
estar melhor. Penso que a direcção e o treinador podem estar sossegados e
confiantes com o plantel que escolheram porque com certeza, estará à altura das
exigências que ai se avizinham.
Quais são os
teus objectivos pessoais e colectivos para esta época?
Eu sei que
não parece mas a verdade é que já tenho 34 anos! Entre camadas jovens, seniores
futebol 11, seniores futsal masculino e seniores futsal feminino (como
treinador), 19 desses anos foram dedicados à ADPB. Sete, só ao futsal, onde
jogo desde a fundação desta secção. É normal que sinta este clube e esta
modalidade em particular de forma diferente. Infelizmente não posso gabar-me de
alguma vez ter ganho um título. Isto para dizer que já não sou propriamente
novo e que tenho consciência que muito provavelmente será o último ano que
representarei a Barca como atleta. Por isso, qual a melhor forma para terminar?
Penso que a conquista de um troféu seria a cereja no topo do bolo! Para mim
seria uma honra fazer parte do plantel que conquistou o primeiro título para o
clube e como capitão erguer o troféu…sem dúvida seria um enorme orgulho!
Qual a tua
opinião em relação à Direcção ter escolhido um Treinador jovem e com um passado
no clube como jogador e como colega de equipa de alguns jogadores deste
plantel?
O Pedro
Holstein é um caso particular. Logo na sua primeira época como jogador da Barca
criou uma forte ligação ao clube e às pessoas. Só para terem uma ideia, o Pedro
era um jogador que poderia fazer parte de qualquer equipa do campeonato e mesmo
assim escolheu a Barca, fazendo a viagem Porto-Barca-Porto todos os treinos,
pois era lá que morava na altura. E isto sem ganhar absolutamente nada. Penso
que a direcção apenas conseguiu apoiá-lo em parte nas despesas dessas
deslocações. E essa ligação foi crescendo ao longo dos anos. Não digo que sinta
a ADPB mais do que eu mas provavelmente tanto como eu, o que é especial para
uma pessoa que não é da terra. Como jogador aquilo que posso dizer é que foi
uma honra ter tido a oportunidade de jogar com ele. Não só pela qualidade e
pelo que significava em campo mas também por aquilo que pude aprender com ele.
Era um jogador com formação, campeão nacional de juniores (como treinador adjunto), campeão distrital
pelo Vianense e que sabia muito de futsal. Sabia e sabe. Infelizmente para ele,
devido a razões pessoais, teve que abandonar precocemente a competição mas o
bichinho do futsal ficou. Ele adora futsal, quer continuar ligado ao futsal e o
passo mais lógico, não podendo jogar, é treinar. Está agora a começar e ele
próprio tem ainda muito que aprender. No entanto é uma pessoa confiante em si,
trabalhadora, empenhada e dedicada, razões que me levam a acreditar que é a
pessoa certa no lugar certo. E nem o facto de ser jovem e ter sido colega de
equipa de alguns jogadores do plantel me faz pensar o contrário. Não vejo
qualquer problema na idade desde que haja qualidade e o grupo tem sabido lidar muito
com isso respeitando-o sempre nas novas funções que assumiu. Pessoalmente,
desejo-lhe a maior sorte do mundo, na Barca ou noutro clube qualquer, no futsal
ou na vida pessoal, porque acima de tudo sou amigo dele.
O que achas
do esforço que a Direcção juntamente com o Treinador estão a fazer para dar
todas as condições aos jogadores para a prática do Futsal?
Ao contrário
do que muita gente pensa, a Barca nunca pagou a nenhum jogador para jogar, no
entanto sempre foi preocupação da direcção, em todas as épocas, proporcionar as
melhores condições possíveis para que os jogadores se sintam bem. Este ano,
sinceramente, num período em que os clubes são cada vez menos apoiados, fiquei
surpreso com as condições disponibilizadas. Surpreso pela positiva. Acho que
não há nenhum jogador que neste momento se sinta desconfortável ou descontente
no clube e que possa apontar o dedo à direcção por qualquer razão que seja. À
direcção e ao treinador porque sei que teve um papel muito importante nas
exigências feitas e ao mesmo tempo, na angariação dos apoios necessários que
permitiram dar resposta a essas mesmas exigências. Desde material de treino,
equipamentos para treinos e jogos, roupa para saídas, passando inclusive pela
festa de apresentação que permitiu aos atletas e adeptos o convívio com algumas
das estrelas maiores do futsal nacional, pouco mais poderia estar a ser feito.
Todos têm desenvolvido um óptimo trabalho e em nome do grupo queria desde já
deixar uma palavra de reconhecimento ao esforço efetuado. No entanto, sem
querer menosprezar o trabalho de todos os directores, atuais ou de anos
anteriores, há uma pessoa que gostaria de destacar e que penso que ninguém me
levará a mal se o fizer. Refiro-me obviamente ao André. Toda a gente sabe a
ligação que tenho com ele, a amizade que nos une, mas não é por isso que o
faço. Faço-o porque acho que merece e porque é justo realçar o trabalho e a sua
dedicação ao clube sacrificando quase sempre a sua vida pessoal e familiar. Foi
um dos directores fundadores da secção no clube e o único que se mantém desde
então. Quase posso garantir que se não fosse por ele não haveria futsal na
Barca e por isso não posso deixar de salientar a sua importância. Quando
anteriormente falava da conquista de um troféu, fazia-o também por ele porque
acho que o merece mais do que ninguém. Seria a primeira pessoa a quem o
entregaria depois de o receber.
Queres
deixar alguma mensagem ao Grupo e aos adeptos da AD PONTE DA BARCA?
Ao grupo
queira apenas dizer para se manter como está. Unido, coeso, cheio de ambição e
confiante numa boa época. Isto nas vitórias e nas derrotas. Quando se ganha
parece que tudo corre bem mas nas derrotas é que se vê a força de um verdadeiro
grupo. A Barca pode nunca ter ganho um título mas se há coisa de que se pode
orgulhar é dos seus balneários ao longo dos anos. E tenho a certeza que esta
época não vai ser diferente. Temos que remar todos para o mesmo lado, ser
solidários e amigos uns dos outros. Somos todos amadores e jogamos futsal
simplesmente porque gostamos, por isso, há que aproveitar a oportunidade que os
clubes nos dão para o fazer, desfrutar do desporto e das amizades que vão
surgindo porque feitas as contas, é isso que levamos da vida. São as boas
experiências e os bons amigos! Se nos mantivermos unidos, concentrados,
trabalharmos e gostarmos do que estamos a fazer o sucesso surge naturalmente.
Aos adeptos
peço apenas que possam comparecer aos jogos e que nos apoiem
incondicionalmente. Nas vitórias e principalmente nas derrotas pois é nessas
alturas que o seu apoio é mais importante. Não há ninguém que não goste de
perder menos do que os jogadores, equipa técnica e directores, por isso, o que
posso prometer é que tudo faremos para jogar bom futsal, dignificar a equipa, o
clube e obviamente os nossos apoiantes. As pessoas da Barca gostam de futsal
como se pode ver nos torneios de Verão em que o Pavilhão enche quase todas as
noites. Porque não fazer o mesmo com uma equipa da terra a competir num
campeonato federado? Fica aqui o meu apelo.
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